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Centrais sindicais se preparam para combater a “nova” reforma da Previdência


O projeto de “reforma” da Previdência ainda não saiu, mas as centrais sindicais já se preparam para resistir ao que avaliam ser a principal investida do novo governo no campo social. Reunidos na última terça-feira, dia 15, na sede do Dieese, em São Paulo, dirigentes de oito centrais “reafirmaram sua posição contrária a qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social pública”. As entidades marcaram uma plenária nacional para 20 de fevereiro e pretendem monitorar de perto o andamento dos planos do governo. “Não temos até o momento nenhuma proposta oficial, são muitas sondagens”, lembrou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Ele acredita que uma primeira versão pode ser apresentada na semana que vem, mas a tramitação de fato começará após a instalação do novo Congresso, no mês que vem. Um dos principais itens do projeto, provavelmente, deverá ser a capitalização do sistema, à semelhança do modelo implementado no Chile em 1981, durante a ditadura Pinochet. Um modelo que os sindicalistas consideram desastroso e que naquele país se revelou negativo para os trabalhadores, porque pressupõe uma capacidade de poupança que nem todos têm. O resultado é que a maior parte dos aposentados recebe abaixo do salário mínimo e mais de 40% estão abaixo da linha de pobreza, conforme dados do professor e economista chileno, Andras Uthoff, que esteve recentemente no Brasil.

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