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MDB se racha para apoiar situação e oposição na eleição municipal de Barretos


“Tenho responsabilidade com minha cidade e obrigação de orientar centenas de amigos e correligionários de como procederem nas próximas eleições”. Com estas palavras, o ex-prefeito de Barretos (por três mandatos) e ex-deputado estadual (por três mandatos), o médico dr.Uebe Rezeck sacramentou o racha no MDB de Barretos, com relação às eleições municipais de Barretos em 15 de novembro. A frase está inserida na coluna dominical do médico publicada na edição aos domingos no Jornal de Barretos Regional, jornal da família Rezeck. O motivo do racha, que será “resolvido” na convenção municipal do partido, é o apoio oposto de integrantes da família às duas principais candidatas ao cargo de prefeito: Gláucia Simões, a doutora Gláucia, e Paula Lemos. Gláucia Simões é a pré-candidata do PSDB, considerada de “situação”. Ela se integrou no partido ainda quando ocupava uma vaga na Câmara, deixando as fileiras do, então, PMDB, partido o qual ela guarda “sentimento de gratidão”, em suas palavras. Há duas semanas, a doutora Glaúcia oficializou publicamente que fará dobradinha com Chade Rezek como vice. Ele é sobrinho do médico emedebista Uebe e presidente do diretório municipal do partido. Foi a gota d’água para deflagrar o racha. No dia 22, Uebe Rezeck fez um apelo a correligionários e militantes do partido em seu programa de rádio e, depois, em sua coluna dominical, para que sigam a sua decisão, como emedebista tradicional, “autêntico, que fez administrações competentes, que não se coaduna com holerites premiados, com licitações duvidosas, com desvios de previdência”, tachando o apoio e parceria do sobrinho a uma “candidatura que nasceu para encobrir desmandos”. Não é segredo para ninguém dos meios políticos de Barretos que o ex-prefeito e ex-deputado faz oposição ferrenha à administração de Guilherme Ávila, sobrinho de Uebe e sua esposa Rosa Rezeck, que deixou o, então, PMDB, “brigado em família”, ainda como vereador eleito e que “peitou” o partido e o tio Uebe quando decidiu se lançar candidato a prefeito há oito anos. Por isso, as ilações sobre “holerites, licitações e previdência” citadas em seus argumentos para deixar clara a sua posição e apoio à candidatura de Paula Lemos, lançada pelo DEM, e ferrenha opositora da administração Guilherme Ávila. Paula lemos, atual vereadora é filha de Graça Lemos, pupila política de longa data, quando ocupou secretarias importantes nas administrações de Uebe Rezeck como prefeito. Graça Lemos recebeu o apoio do PMDB, ou de Uebe Rezeck, na sua candidatura a prefeita em 2016, quando perdeu para Guilherme Ávila em sua segunda vitória como candidato ao cargo. De lá para cá, se uniu à filha Paula e, extra-oficialmente, teria recebido e seguido conselhos do seu tutor político Uebe Rezeck, para lançar e apoiar sua filha candidata ao Executivo, única capaz de vencer qualquer candidato e, por tabela, derrotar qualquer candidatura apoiada pelo atual prefeito, Guilherme Ávila. Nos bastidores, o nome de Chade Rezek teria sido “oferecido” pela cúpula do MDB como candidato a vice, junto com Paula Lemos, unindo o partido ao DEM. Nos mesmos bastidores, o presidente do MDB se sentiu constrangido por supostas intransigências tanto da candidata Paula, como de apoiadores da chapa, que não via com “bons olhos”, frente à opinião pública, os nomes “dos Rezecks”, ligados à “já vitoriosa candidatura de Paula Lemos”. Após constantes discórdias internas e sem nada oficializado, Chade Rezek decidiu abandonar a chapa de Paula Lemos, apoiar a candidatura de doutora Gláucia, ofereceu seu nome como vice na chapa, foi aceito e, com ele, carrega grande parte da ala jovem do MDB, incluindo seu irmão, o ex-vereador e ex-presidente da Câmara, André Rezek, contrariando a “velha guarda” do partido a nível municipal, oposição ferrenha ao PSDB e ao primo de Chade e André, o atual prefeito Guilherme Ávila. Um dos responsáveis pelo lançamento da candidatura da doutora Gláucia a prefeita, com apoio total do PSDB, Guilherme Ávila, entende que o racha do MDB é uma questão interna do partido e que o fato pode ocorrer em qualquer sigla partidária. O que não encobre a ferida aberta há oito anos e não cicatrizada até hoje. Por isso, o racha anunciado e que ainda vai render muitas especulações até o fim das convenções partidárias, registros oficiais das candidaturas e, consequentemente, o pleito eleitoral, marcado para 15 de novembro.

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